segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Godard, o meu Godard

Desde a nossa separação que ele não pára de citar o À Bout de Souffle para a frente e para trás, quase cena a cena, exaustivamente. É bom pensar que uma relação possa ter servido ao menos para dar a conhecer um filme tão maravilhoso como esse (uma vez que fui eu que lho mostrei quando ele nem sonhava com cinema francês), mas nesta fase há qualquer coisa de errada. Se eu penso em Godard por estes dias penso já mais à frente, em Le Mépris e no homem que não faz nada para reconquistar a mulher e impedir a decadência do amor. E penso sobretudo na relação excessiva, condenada e de amor-ódio do próprio Godard com a Anna Karina, que toda a gente viu espelhada nesse filme.
Sim, é isso. Amor-ódio é a minha nova expressão preferida.
Mas só até acabar 2009.

3 comentários:

R.L. disse...

só até acabar 2009. 2010 é para ti, para gostares de ti, só!

Emma Bovary disse...

Eu dei-lhe Cat Power e tentei dar-lhe Jeunet mas essa barreira revelou-se intransponível. Ele deu-me o rock mais agressivo e o cinema japonês. Still... it feels like i got nothing!

Viviane disse...

Que 2010 nos traga ventos de paz e fecidade. E noites de cinema francês, com happy endings...